sexta-feira, 23 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
A perfeita (e infeliz) metáfora

O Jonai Elm Wa Farheng, edifício em Cabul, é talvez a mais perfeita metáfora da história recente do Afeganistão.
O nome do edifício traduzido significa Casa da Ciência e da Cultura e foi construída pela União Soviética, conhecendo certo esplendor durante o governo progressista de Najbullah e da República Democrática do Afeganistão. Era um símbolo da pátria afegã que estava em construção, com um estado laico, direitos dos trabalhadores e das mulheres com uma economia virada para o progresso social.
A partir do momento em que o povo afegão foi assolado pela guerra civil e as investidas dos mujahidines, financiadas pela CIA, a Casa serviu de refúgio às famílias mais pobres que fugiam dos talibãs.
Agora que o regime teocrata caiu e o Afeganistão não passa de um títere americano no Médio Oriente, governado por elites corruptas e narcómanas que atropelam todo um povo com cada desmando imperialista, a Casa da Ciência e da Cultura virou abrigo para toxicodependentes, especialmente os viciados em heroína e ópio, cujo cultivo aumentou exponencialmente desde a invasão gizada pelos EUA/Nato.
A Casa da Ciência e da Cultura, antes símbolo de um Afeganistão livre na mão do seu povo construído com a ajuda soviética, virou esperança de sobrevivência para os pobres que viam a sua nação ser pilhada pelos talibãs e finalmente, sob a jurisdição Imperial transformou-se em casa de chuto. Haverá mais trágica metáfora sobre o Afeganistão?
domingo, 18 de julho de 2010
Notícias de um regime decadente

- O número de suicídios no exército estado-unidense atingiu um número recorde este mês. 32 soldados preferiram tomar a própria vida a continuar em combate.
- A pobreza nos EUA aumentou em todos os parâmetros. 15 milhões estão desempregados, em algumas cidades o número de desalojados cresceu em 50% e 38 milhões recebem senhas para alimentação.
- Os EUA financiam a imprensa e sites anti-chávez na Venezuela; mobilizam imensa frota naval em direcção à Costa-Rica para "combater o narco-tráfico"; roubou 65 biliões de dólares à economia norte coreana à conta de um embargo e vai ter acesso aos dados bancários dos cidadãos da União Europeia após aprovação de do Parlamento Europeu.
quarta-feira, 14 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Replay? Não. Loop Contínuo.

O Sócrates candidato a primeiro-ministro apresentou-se às câmaras com o novo-riquismo que parte da classe média ostenta e aprecia. Os gestos afectados e a voz anasalada com que proferia os discursos de lugares-comuns dos candidatos "socialistas" encantava as câmaras e o povo português que não esteve muito virado para pensar lá aceitou o fulano de serviço, que até tinha boa imagem.
Ora, o grande problema na política, é que a imagem ou é um reflexo das ideias motrizes ou uma frágil máscara que racha à mínima perturbação. E de percalço em percalço, a imagem de Sócrates tornou-se apenas mais uma nota do requiem da sua legislatura.
Mas como a democracia burguesa é uma próspera fábrica de hipocrisias eis que nos põem na bandeja Pedro Passos Coelho, trazendo consigo todo o aspecto da velha aristocracia que se digna a sair dos salões para "fazer política".
Como não se espera nenhum assomo de espírito crítico ao eleitorado, deve ser esta criatura que teremos de aturar após Sócrates e testemunhar o estilo "sangue azul" de Passos Coelho tornar-se mais um prego no caixão da sua carreira de futuro primeiro-ministro após ele desfazer o que resta de Abril e tornar Lei escrita a selvajaria que o Capital já faz reinar em tantos domínios da nossa vida.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
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