quarta-feira, 4 de novembro de 2009



«Nisto a Revolução Russa apenas confirmou a lição básica de cada grande revolução, a lei do seu ser, que decreta: ou a revolução avança a um ritmo rápido, impetuoso e resoluto, quebra todas as barreiras com uma mão de aço e coloca os seus objectivos cada vez mais alto, ou bem cedo será atirada para trás do seu frágil ponto de partida e suprimida pela contra-revolução.

Ficar quieto, desperdiçar tempo num só momento, contentar-se com o primeiro objectivo que consegue atingir, nunca é possível numa revolução. E aquele que tenta aplicar a sabedoria caseira derivada das batalhas parlamentares entre sapos e ratos para o campo das tácticas revolucionárias apenas mostra deste modo que a psicologia e as leis da existência da revolução são-lhe estranhas e que toda a experiência história é para ele um livro fechado com sete selos.»

- A Revolução Russa, por Rosa Luxemburgo.

1 comentário:

filipe disse...

Todas as revoluções confirmam esta lei, de facto; tal como andar de bicicleta - se paramos, caímos.
Foi o caso da Revolução de Outubro (embora num compasso histórico mais longo) e foi o caso da nossa própria Revolução de Abril, embora nesta última sem quaisquer responsabilidades directas dos comunistas.
E, a luta continua, sempre!
Abraço.