A cama quente
Homenagem aos mineiros do Chile
que dormem, singelo,
pelo sistema “da cama quente”
Na mina trabalha-se por turnos
Quando se volta, nem se tiram os coturnos.
Bebido o café negro e trincado o casqueiro,
joga-se o corpo ao sono, mas, primeiro
enxota-se o camarada da cama ainda quente,
que não há camas, no Chile, pra toda a gente.
Do calor que sobrou o nosso se acrescenta
pra dar calor ao próximo que entra.
Vós, que dormis em camas, como reis,
tantas horas por dia, não sabeis
como é bom dormir ao calor de um irmão
que saiu ao nitrato ou ao carvão
e despertar ao abanão (é o contrato!)
de um que chega do carvão ou do nitrato!
É a este sistema, minha gente,
que se chama no Chile “a cama quente”…
Alexandre O’Neill
3 comentários:
Bem a propósito...
Um abraço.
Um lindo poema de A.ONeill,
Concordamos com o comentário de F.Samuel, mais palavras não é preciso dizer.
Mas o que nos trazia aqui era a denúncia que se deve fazer do Neoliberal e antiga VELHA RAPOSA REVISIONISTA que é de opinião, possivelmente mandatada pela candidatura de M.Alegre, que "deseja que o O.G.E. passe na A.da Républica" que na nossa opinião vai ao encontro e na linha daquela que foi mandatada ao operário J.de Sousa, quando diz que "o governo e o PSD, andam á procura de uma crise politica" Como quem diz...
A CHISPA!
A velha raposa revisionista, trata-se de Carlos Brito
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