Com todo o burburinho à volta da lei das Finanças Regionais, em que o governo PS executou o seu habitual ritual de "ai que eu caio! ai que eu caio!", muito se tem repetido o mito de que a Madeira é das zonas mais ricas do país, juntamente com Lisboa, e que por esse motivo o dinheiro estatal não seria necessário.
Por distracção ou má fé, ainda ninguém reparou que os dados estatísticos da economia madeirense estão trapaceados, contando-se o dinheiro existente no off-shore juntamente com o da economia real. E na economia real da Madeira, existem 20% de pobres. Um número que partilha com Portugal continental e em todo o território e caso não fossem as ajudas sociais, a taxa real de pobreza atingiria os 40% da população.
Curiosamente, num país europeu que nos habituámos a acreditar que era dos mais pobres no continente, a Bielorússia, no qual 80% da economia é controlada pelo Estado e que com o presidente Lukashenko nunca abandonou o caminho do socialismo, a taxa de pobreza ronda os 7,3%. Desde 2001 a 2008, a Bielorússia desceu o seu número de pobres, de 41,9% para os 6,1%. A crise financeira mundial atingiu a economia nacional e fez subir a pobreza para a taxa já referida.
Longe do culto do empreendedorismo e da sanha privatizadora cada vez mais dominante nas medidas e discursos políticos em Portugal, a fidelidade bielorussa ao socialismo valeu-lhe uma eficiente redução da pobreza, melhor do que a da República Checa, o país que tem menos percentagem de pobres na União Europeia, 9%.
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1 comentário:
Estas são, ainda e tantos anos depois, as boas heranças do Socialismo - por isso tão atacado pelos escribas de serviço ao sistema.
Abraço.
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