Os Estados Unidos da América é uma nação tão democrática que até o dinheiro tem vontade política. Quê? Bem, deixem-me explicar-vos, no último dia 23 o Supremo Tribunal estado-unidense levantou as restrições à quantidade de dinheiro que as empresas podem gastar em campanhas políticas.
A maior alteração das leis eleitorais nos EUA em meio século, justificou-se com a «liberdade de expressão», consequentemente o líder da bancada republicana na Câmara dos Representantes reclamou «uma vitória dos princípios constitucionais» e causou consternação a Obama. Um inquérito feito, mostra que 77% dos homens de negócios não acha que o actual presidente é suficientemente adepto da «livre empresa».
O poder do dinheiro na "democracia" estado-unidense pôde ver-se de igual modo com o aumento de dinheiro gasto pelo sector bancário para fazer lobby aos representantes políticos dos EUA. Os «oito maiores bancos» gastaram 18 milhões de dólares em 2009 para «influenciar decisões políticas», especialmente as ligadas às que limitavam e fiscalizavam «as instituições financeiras».
Luís Cabral, economista português sediado nos EUA, afirma que nos últimos anos se tem assistido à «captura do poder político pelo sistema financeiro».
O Estado Burguês em todo o seu esplendor.
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