0 27 de Dezembro assume-se como a data-tragédia do fim de ano de 2008 após a morte de mais de trezentas pessoas e mil e quatrocentos feridos causados pelos raides aéreos israelitas em Gaza, uma parcela de território palestiniano com forte presença do grupo radical Hamas.
A faixa de Gaza é uma terra povoada por milhão e meio de pessoas que sofre um bloqueio económico brutal, ao ponto de nada poder ser importado ou exportado sem autorização de Israel, é um local em que a vida civil é controlada ao mais pequeno pormenor pelo Tsahal.
Sem vida, sem identidade e sem esperança o povo palestiniano encontra-se encurralado entre a ofensiva constante de um Estado de feições terroristas e o radicalismo islâmico do Hamas. Neste mapa de desumanidade, todos os que ocupam locais de poder são culpados, começando pela Alta Autoridade Palestiniana e a sua posição subserviente ao imperialismo da Direita política israelita (Kadima - no poder; e Likud - na oposição) apenas interessada em estrangular por todos os meios a Palestina.
A própria população israelita aceita indiferentemente estes ataques, segundo o Jerusalem Post 88% da população aprova os raides do Tsahal, porém também este sentimento provém de um sentimento de desesperança, de não ser capaz de vislumbrar outra saída além de uma agonia continuada.
Mas esta situação não surge do nada, o silenciar de forças pacifistas e progressistas que consideram o bem comum de ambos os povos contribui para que a acção bélica seja sempre posta como primeira medida de resolver uma situação demasiada complexa e humana. Forças políticas como o Partido Comunista Israelita e o Hadash embandeiram essa alternativa de paz e solidariedade entre os povos israelita e palestiniano.
Dov Khenin, membro do Hadash e parte da direcção do PCI, aponta qual o verdadeiro caminho para a resolução daquele conflito: «Há outro caminho: um acordo real de trégua. Não apenas um cessar fogo, mas também acabar com o bloqueio de Gaza e aliviar o extremo sofrimento de um milhão e meio de pessoas».
- informação retirada do resistir.info
Sem comentários:
Enviar um comentário