Amanhã, dia 2 de Outubro, realiza-se pela segunda vez na Irlanda um referendo ao Tratado de Lisboa, que a ser aprovado, passa a ser válido em todo o território da União Europeia, já que foi ratificado nos parlamentos de todos os outros países e a Irlanda é o único membro da UE que obriga à formulação de um referendo para cada diploma jurídico que condicione a Constituição daquele país.
Muitas são as preocupações do povo e dos trabalhadores irlandeses, desde a perda de soberania, direitos dos trabalhadores, perda de representação nos órgãos da UE e o direito à neutralidade militar, daí que a sociedade irlandesa se tenha mobilizado para discutir (de novo) a validade do Tratado, que já tinha sido recusado em anterior escrutínio.
No Público, uma reportagem explica que a enfoque na participação cidadã é maior agora porque da primeira vez, a natural aversão aos políticos (democraticamente eleitos em sufrágios livres) levou à vitória do Não, sem ter em conta que o Tratado de Lisboa é um passo a mais no amordaçar da soberania dos povos europeus e a sua entrega a uma oligarquia económica e eurocrata.
A verdade é que por trás de nova campanha pelo "Sim" está o antigo presidente do Parlamento Europeu e actual consultor para a Integração Europeia, Pat Cox, e até o explícito e gordo apoio monetário da Ryanair e da Intel, a primeira com 500 mil euros e a última com «umas poucas centenas de milhares de euros». De igual modo acordaram promover a campanha pró-Tratado de Lisboa a Confederação de Negócios e Empregadores da Irlanda e a Câmara Americana de Comércio.
O Portal de Thrasybulos espera que amanhã o povo irlandês rejeite o Tratado de Lisboa e faça perceber que «Não É Não»!
Não a uma democracia postiça! Não a uma proto-ditadura encapotada! Não aos ataques aos direitos dos trabalhadores! Não à União Europeia do Capital!
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